O meu blog




domingo, 17 de outubro de 2010

surfcasting na areia

Este relato foi de uma pescaria feita a meio da semana. O local escolhido foi uma das poucas praias de areia aqui na ilha da Madeira : Prainha no Caniçal.
O resultado final foi uma grade já que fui para casa de mãos a abanar.
Ainda assim apanhei cerca de 30 peixes, algum é capaz de ter sido pescado 2 vezes porque ia capturando e deitando a água.
Os peixes capturados foram Lagartos, peixe aranha e peixe papagaio.

Cuidado com o peixe-aranha:
Este peixe aparece em praias de areia, é um peixe solitário, permanece imóvel no fundo por isso ocasionalmente acaba por ser pisado por banhistas. Este peixe quando ameaçado ergue uma espinha dorsal onde tem 3 raios venenosos. Estes raios cravam se na pele injectando veneno, estas picadas provocam dores e podem levar nos casos mais graves a: lipotímia, vertigens, náuseas, hipertermia, vómitos, cefaleias, ansiedade, diarreia, sudação, fasciculação dos músculos da extremidade do membro afectado, cãibras generalizadas, dor inguinal ou axial, convulsões e dificuldade respiratória; ocasionalmente pode haver morte.

O tratamento imediato consiste no aumento da temperatura no local da picada, quer por imersão do membro afectado em água à temperatura máxima suportável, durante 30 a 90 minutos, quer recorrendo a meios de improviso, como a aproximação de um cigarro aceso, à menor distância que se puder suportar; este tratamento baseia-se na termolabilidade (decomposição por acção do calor) do veneno e só tem interesse se aplicado na meia hora seguinte à picada. Deve ter-se em atenção que também existe um espinho venenoso em cada opérculo branquial, o que pode provocar picadas nos pescadores mais descuidados, sempre que procuram desferrar o peixe. O peixe aranha permanece vivo várias horas depois de retirado da água e a sua picada permanece venenosa mesmo depois de morto.

É frequente a sua captura com qualquer isco, sempre que se pesca em fundos de areia.
É utilizado na culinária, nomeadamente nas caldeiradas e fritadas.
Usei uma montagem de linhas finas (0.12)com 3 anzóis, o isco foi coreano e camarão, anzóis Nº10.

domingo, 10 de outubro de 2010

Só 1 hora


No dia antes de escrever esta mensagem tinha adquirido coreano para ir pescar à noite.
Acontece que devido ao mau estado do mar a pescaria teve de ser adiada.
No dia seguinte fui cerca de uma hora "gastar" o isco antes que se estragasse. O resultado final não foi grande coisa nem era isso que interessava.
A pesca não se resume a apanhar peixe mas sim passar um bom momento a fazer algo que se gosta.

A cana usado foi uma mitchel 5 mt. Cana de pesca Francesa, isto é, uma cana que não tem passadores nem usamos carreto, pescamos directo. O fio foi usado gorila da tubertini 0.14 e anzol sasame nº 8 com um chumbo de 5gr fendido encostado no anzol.

sábado, 9 de outubro de 2010

Mudar porta-carreto


Recentemente tive que mudar um porta-carreto de uma cana de bóia, no meu caso foi por se ter estragado no transporte depois de uma jornada de pesca, Mas há quem mude por uma questão de estilo, qualidade ou até para alterar o seu posicionamento na cana ( mais acima ou mais abaixo).
Hoje em dia a crise económica é desculpa para tudo e nesse sentido o " faça você mesmo" esta na moda. Pois para alem de se poupar alguns €uros também obtemos a satisfação pessoal de usar algo feito por nós.
Neste caso o porta-carreto é de chapa.
Esta tarefa é fácil, e assemelhasse muito a mudar um passador.

O 1º passo é reunir todo o material que vai necessitar:
- cola epoxida
-linha própria para passadores
-pincel
-tesoura
-20cm de monofilamento fino
- porta-carreto ( no caso de ter de mudar)
Isto é tudo material que uma qualquer loja de pesca tem a venda.

2º passo é retirar o porte carreto-antigo e limpar bem a cola antiga e todos os vestígios.

3º passo é colocar o porta-carreto novo no local exacto e prender com fita cola depois de estar fixo podemos começar a enrolar a linha até tapar o pé todo (metendo as pontas da linha para dentro com a ajuda do monofilamento).
Depois de o porta-carreto estar completamente fixo com a linha passamos ao passo seguinte.

4º e ultimo passo: fazer a mistura epoxida( no caso de usar cola de frasco ex: vega leve uns 7/8 segundos ao microondas) e aplicar depois ir girando a cana em posição horizontal para não criar "lombas".
Depois da cola secar a cana esta pronta para ir a pesca.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Esta foi á noite


Esta pescaria foi um recordar dos tempos em que comecei a pescar de fundo na Pontinha. Aprendi a pescar desta maneira com o Sr Baptista e todos sábados íamos pescar de fundo, as montagens e os materiais são bastante diferentes agora mas os peixes que íamos a procura são os mesmos , bicas e besugos.
Esta pescaria foi feita com 2 amigos durante umas 4 horas de tempo.
O local escolhido foi Santa Cruz, o vento era quase nenhum o que foi uma mais valia. A maré estava a descer o que não era o melhor ainda assim...
O isco foi casulo e filete de cavala. A cavala rendeu os 2 polvo enquanto o restante peixe foi tirado com o casulo. O fundo desta zona apesar de rochoso não costuma prender e assim salva se o material e possibilita o uso de linhas finas no carreto, para lancar mais longe, no meu caso 0.26 com SHOCK LEADER 0.40.

A montagem que usei foi inspirada na "rabeira Algarvia". Eu uso uma versão curta desta só com 2 anzóis. Esta montagens só funciona bem se o fundo do mar estiver "calmo" ( ideal é quanto a maré esta a "vazar") senão em vês de estar a pescar vamos passar a noite a fazer croché.
A foto de baixo mostra a montagens idêntica a que foi usada.

A meio da pescaria saiu este bicharoco para a foto. A Madeira possui cerca de 55 espécies de tubarões. Algumas são capturadas na pesca do peixe espada-preto, como a xara branca, a sapata e vendidas como "gata", o conhecido "bacalhau" de Câmara de Lobos. Entre os que se aproximam mais da costa esta o Pata Roxa mais conhecido por caneja, o tubarão mais comum na ilha.
Este exemplar depois da foto foi devolvido a água praticamente sem danos.